Desabafo (A 'new' vampire...)

O sol renasce, mas porque continua escuro? o que será que estava havendo nesse mundo? cadê o Sol? cadê a Lua? porque me sinto assim, estranha e sozinha? é porque estou assim, ao menos nesse momento, estava.. pode parecer um drama qualquer, como muitos fazem e se for? cada um tem seus dramas da vida, cada um tem seus problemas, cada um tem sua opinião sobre as coisas, porque eu não seria mais uma a faze-lo? sinceramente, não me importo em ser dramática ou o que quer que possam me chamar, aqui... sou uma vampira, forte, sincera, calma, doce, mas que sabe 'brigar' por seus amigos, mas amigos de verdade, não amigos descartaveis, e não se espantem com essa palavra, pode parecer perjorativa, mas é a verdade, como falei, cada um pensa de uma forma, é assim que penso... amigos descartáveis... esses nunca levarei comigo dentro de mim, mas sim, aqueles amigos que realmente sempre me fizeram bem, que me trouxeram o 'Sol', me trouxeram uma forma de viver que nunca havia pensado um dia viver, me 'criaram', me adotaram... por esses sim, eu luto e defendo, sem medos, sem temer, tudo bem... sei que sempre haverá aqueles que lhe farão pensar 'Como fui idiota', é... fazer o que né?! a vida não é perfeita, alguns aprendem, e outros, infelizmente, acabam persistindo no erro... esses que me fizeram de idiota, que brincaram com meus sentimentos depois de conquistar minha confiança, esses... no que depender de mim, nada mais haverá, eu sou assim, se é radical ou não, pois é.. como eu disse nada é perfeito, tenho minhas imperfeições e o pior delas, é justamente confiar demais nas pessoas, me apegar nas pessoas e depois, 'quebrar' minha cara, é como se a pessoa dissesse 'larga de ser idiota, enxerga que ninguem é amigo de verdade de ninguem' ou algo parecido, mas acabo insistindo no erro e novamente... dou a outra face, levo estacadas, balas de madeira, e tudo pelas costas, coisas assim, me fazem sim pensar... há alguem em quem realmente posso confiar nesse mundo? não digo só aqui... mas no nosso proprio mundo real, será?

É dificil compreender como as pessoas as vezes não valorizam quando devem, uma amizade que podia ter dado mais 'frutos', é triste e me chateia sim, pois um mundo de fantasia, era p/ se viver um mundo de fantasias, de criatividade, sem ninguem querer fazer mal mesmo ao outro, mas nem todos pensam assim, e acabam fazendo coisas reais, agindo de forma inescrupulosa, mesquinha e sem pensar no outro, ainda mais quando esse outro lhe confiou uma amizade plena, eu digo por mim... não me dou pela metade em uma amizade, me dou por inteira, se for pela metade, prefiro nada, prefiro ficar na minha e seguir minha vida e a pessoa seguir a dela, mas e ai, onde ficam os sentimentos feridos? é duro esquecer da noite p/ o dia, a confiança uma vez quebrada, é como um cristal espatifado no chão, nunca mais poderá ser colado, mas volto a perguntar, e os sentimentos feridos, onde ficam? não se pode simplesmente engolir e dizer 'não, está tudo ótimo', claro que não e os outros, será que respeitam isso? respeitam sua 'dor'? sua fragilidade? não sei... se eu for dizer o que penso... posso ser mal interpretada e não estou em condições de ficar dando explicaçoes que 'não é isso que eu disse, foi isso que eu quis dizer, etc etc'


Aqui... sou uma vampira... mas fora, tem uma humana, uma humana que come, bebe, anda, tem braços, pernas, grita, é teimosa, reclama, respira, fala, conversa, mas o principal de tudo, tem sentimentos, que chora, sofre, tem medos.... E que as vezes, tem vontade de ser uma vampira, p/ aliviar toda a sede de sangue que há dentro dela...





Sou só uma humana, uma pessoa só, que se preocupa, que tenta ajudar, tenta dar atenção a quem pode e merece... mas infelizmente e algumas vezes, sentimentos feridos... podem transformar uma pessoa, podem cansar uma pessoa... lutar, dar atenção, ajudar, entender, aceitar... sempre, sempre... cansa e cansa ainda mais, quando na hora de desabafar e expressar o que sente, ao invés de ser ajudada, nem sempre é o que acontece... ao invés de ser entendida... corre o risco de ser julgada e chamada de coisas que nunca fez... ou então, ‘levar uma rasteria’, ser tratada como traira, etc etc e depois, ainda ter que engolir essa pessoa goela a baixo? o que fazer? O melhor é calar, porém mudar seu modo de agir, e tratar algumas pessoas? Ser mais fria e dura, falar e não se importar com o que os outros digam e pensem? Tratar as pessoas que feriram esses sentimentos, as ignorando por completo, sem nem olhar na cara dela, nem por questão de boa vizinhança? Ou então... continuar a ser o que sempre foi, não mudar e continuando a aceitar e entender tudo de todos, mas sem ter o retorno que esperava?

Hum....  pensamentos vão e vem... ser amado ou temido, como diria o filosofo Maquiavel, o que é o melhor? Por um lado, ser amado, nem sempre as pessoas lhe respeitam e lhe dão atenção quando precisa de verdade, lhe viram as costas e dizem várias desculpas, dizem que lhe amam num dia e no outro, lhe excluem da vida deles... ou então, ser temido, e ao mesmo tempo respeitado pela fama e pelo medo de enfrentar aquela pessoa... Sei que não são exatamente assim as palavras, mas o sentido, significa o mesmo...

É... nem sempre ser legal lhe traz vantagens, mas nem tudo é desvantagens... o bom de ser amado... é se sentir bem com sua própria consciência e que não fez e não faz as coisas erradas de proposito, que mesmo não sendo perfeito, erra, mas também acerta...

Tudo nessa vida tem seus limites, e parece que até os sentimentos verdadeiros também devem ter... se sentir ‘nadando contra a maré’ e lutar p/ se salvar, pode cansar e acabar fazendo uma pessoa se ‘deixa afogar’... ou lutar p/ ‘chegar na praia’? mudar e fazer coisas que devem ser feitas, tomar decisões que devem ser tomadas, p/ o seu próprio bem... mesmo que isso signifique mais dor e sofrimento, mas não p/ outras pessoas e sim, p/ si mesmo... sempre há chances p/ um recomeço... sempre há chances, p/ seguir a nossa propria natureza, no caso a minha, é ser uma vampira... uma 'nova' vampira.

Desabafo de uma pessoa que sempre tenta ser feliz e seguir sua vida, que cansou de se lamentar por pessoas que não valem a pena e que agora resolveu agir, mesmo que isso possa lhe custar sua própria sanidade...

O Bem e o Mal

Às vezes, é bom errar, mesmo tentando aprender...

Às vezes, é bom amar, mesmo sem entender...

Às vezes, é bom encarar obstaculos, mesmo tendo a chance de cair...

Às vezes, é bom seguir, para não mais se magoar...

Às vezes, é bom conhecer as pessoas, mesmo que isso possa ser se arriscar...

Às vezes, é bom querer agradar, mesmo que isso não o agrade...

Às vezes é bom fazer as coisas certas, mesmo que ninguem valorize...

Às vezes, é bom praticar o bem, mesmo que algumas vezes, o mal possa lhe tentar...

Às vezes, é bom pensar nos outros, mesmo algumas vezes, querendo ser egoista...

Às vezes, é bom se entregar sem medo de ser feliz, mesmo que nisso, possa se machucar...

Às vezes, é bom ter medo, pois não significará que és fraco, mas sim que é forte de admitir que não é perfeito...

Às vezes, coisas são complicadas de entender, mas ainda sim, podem ser boas de se viver...

Nada é perfeito nessa vida, às vezes sim, às vezes não, sempre dependerá de cada situação, mas, sempre devemos aprender a sobrebviver a cada uma delas, sendo da forma certa ou errada...

Tente acertar, tente errar... se arrependa, se desculpe... sobreviva e siga em frente, nunca deixar as pessoas mudarem o que cada um tem dentro de si, seja para o bom ou para o mal...

Faça o necessário... seja bom ou seja mal.

Ninguem tem de total bom e nem de total mal dentro de si..

No entanto, apenas saiba sobreviver, da forma que achar melhor..

Entre o bom e o mal, não há como escolher, seja sempre voce, sem mascáras, não há perfeições que dure para sempre e nem há uma vida toda pela frente...

A vida não é um mar de rosas, pois sempre haverá algo para tornar um rio de divisas...

Seja para o bem ou para o mal, sempre haverá esses dois caminhos tentadores, depende de cada um, escolher o caminho certo a se seguir, pois escolhendo um deles, independente de qual seja, poderá ou não ter uma segunda chance...

Minha história - Jully Venture...

Nascida na Itália, sempre cercada de amor e carinho pelos meus pais, até então sendo filha única de pai Italiano que era historiador, Giuseppe, e mãe francesa jornalista, Rebeka, vivia em paz e harmonia em uma casa de uma bairro simples da Itália... ainda criança, sempre sendo uma garota calma e tranqüila, todos ao meu redor percebiam que eu tinha um dom intuitivo de pressentir fatos que iriam acontecer e coincidentemente ou não... aconteciam, a principio tive medo que algo havia de errado em mim e que talvez precisasse ir a algum especialista para me analisar, mas percebi que o não devia temer, pois até então só tive tido boas intuições e que aquele dom só me trazia mais paz e tranqüilidade.

Já aos dezessete anos de minha vida humana, minha casa irradia felicidade, pois eu havia sido aceita em uma faculdade italiana no curso de História, e meus pais e eu ficamos super felizes e comemoramos muito, e meu dom... ainda estava em mim, como todos diziam, era um dom divino que eu havia recebido e realmente comecei a acreditar nisso, pois com ele só havia tido muitas alegrias, e aparentemente não havia com o que me preocupar... chega Dezembro, um ano já se passa que já estava na faculdade, sempre irradiando felicidade pois estava adorando cada dia mais o curso em que estava... dia de Natal, já de férias da faculdade, estava junto a meus pais terminando os preparativos para comemorarmos esse dia que iria se tornar mais especial ainda... ao chegar a hora da ceia, meus pais me deram a melhor noticia desde que eu havia aceita na faculdade, apesar de já saber,não queria estragar a surpresa deles... minha mãe estava grávida... fiquei muito feliz em saber que estava por vir uma criatura divina e bela, que faria a nossa casa brilha feito um sol de verão, de tanta alegria...

Quatro Meses se passam harmoniosamente, até que um dia eu estava em casa estudando... comecei a sentir uma dor corroendo dentro de mim, algo estranho e inexplicável, jamais haveria sentido aquela dor antes, misturado a vários sentimentos ruins... angústia, sofrimento e... dor... não entendia o porque de estar sentindo aquilo, já que só sentia sentimentos bons dentro de mim... tentei por alguns minutos arrancá-los do meu coração... em vão, então vi em meus pensamentos uma cena que me fez sentir uma tristeza enorme... percebi minha mãe ainda em casa se arrumando para ir trabalhar... fui atrás dela pela casa e ao vê-la saindo, tentei impedir, mas não fui convincente o suficiente para não deixá-la ir, sem ter que contá-la a verdade. Com a demora de minha mãe resolvi ligar para meu pai... um pesadelo estava por vir.... um acidente com minha mãe, fui o mais rápido que eu pude para o hospital, onde meu pai também estaria ao lado de onde ela estava deitada... ao me verem, percebi em seus olhares... preocupação e tristeza... já havia pressentido o pior... a perda do bebê... e os consolei como pude... o dom chamado divino por todos, de sonhos... se tornou um pesadelo em minha vida, antes tranqüila e harmoniosa... desde o fato da perda do bebê... vieram outros, como uma tempestade... incontrolável... percebi a angústia de meus pais ao longo dos meses que ainda passamos juntos... pois não tinha como disfarçar meus olhares de sofrimento... notei o quanto isso trazia dor aos meus pais, mas ao somente pelo meu sofrimento, havia algo mais... nossos vizinhos me olhavam com olhares de descriminação... e meus pais já temiam pela minha segurança... então veio a decisão... meus pais decidem então que o melhor seria eu partir, para trazer paz novamente aquela casa e para mim mesma... sei que apesar de me amarem muito, a minha partida traria menos sofrimento antecipado... e menos recriminação que o meu dom estava causando tanto para meus pais... quanto para mim... então sai de casa de noite, quando já todos estavam dormindo e ninguém pudessem me ver... sem olhar para trás, e prometi que jamais traria novamente dor aos meus pais.

Tive que trancar a faculdade, e muito tristemente passei a vagar pelas ruas... sem rumo... feito uma alma errante... até que em algum momento me sentei em algum lugar escuro para descansar... já não estava me sentido bem, estava me sentindo fraca e doente... ao me sentar flexionei meus joelhos, os agarrei com meus braços e abaixei minha cabeça, colocando-a sobre minhas pernas... quando de repente começa a cair uma fina chuva que aos poucos foi piorando... não tinha forças para me levantar, enquanto isso meu estado febril estava piorando... até que a paz começo a voltar dentro de mim, então em meus pensamentos vi duas pessoas se aproximando de mim, mas não conseguia ver quem era... minutos depois a chuva começou a passar, e ouvi alguns passos, levantei minha cabeça e vi duas pessoas se aproximarem de mim... que mas tarde descobrir ser Nina e San Venture... assim como em meus pensamentos... mas minha visão estava turva e percebi minha febre alta, que não me agüentava em pé, não havia como correr dali... mas também não o queria, porque sentir naquelas pessoas amor e carinho... ao se aproximarem de mim, vi seus rostos belos e pálidos, e logo após desmaiei.

Ao acordar, ainda me sentindo febril, ainda consegui abrir meus olhos e me vi em um quarto grande... não era hospital, nem coisa parecida, então vi as belas criaturas que me ajudaram conversando baixo, e não perceberam que eu tinha acordado, então fechei meus olhos novamente pois estavam muito pesados... sentir como se a morte estivesse se aproximando, apesar da paz que eu sentia de estar naquele local, não sentia mais meu corpo... foi quando uma dor fina começo a corroer pela minha mandíbula, chegando por todo meu corpo, não senti medo,foi como se todos os sentimentos ruins dentro de mim estivessem sumindo... algum tempo depois acordei novamente e olhei ao meu redor, eu ainda estava no mesmo quarto, me levantei... e me olhei no espelho e sorrir... percebi que estava diferente e notei a mudança, pois comecei a sentir uma sede, não de água, mas de outro liquido, que é o que corre dentro dos humanos... não era mais humana... e então sai do quarto e andei pelo corredor procurando por alguém, notei algumas vozes e as segui... achei-as e as olhei, e entre as belas mulheres que se encontravam na sala estavam as minhas bem feitoras... notaram minha presença e me olharam com olhares meigos e serenos, sorriram para mim e retornei cumprimentando-as... nesse momento, dentro de mim percebi o quão aquelas pessoas se tornaram especiais para mim... Arwin, Nina, San, Mel e Nita... família Venture... a partir de agora, as ajudaria nos momentos bons e ruins, pois agora fazia parte da família para toda a eternidade...

Solidão de uma amizade...

Sabe aquelas horas em que, mesmo que esteja rodeado de pessoas, voce ainda se sente sozinho?! Sabe aquelas horas que parece que, os olhares que antes te olhavam com atenção, agora parece que nem sabem que voce existe, só quando querem algo?! Sabe aquelas horas que tudo te chateia, que voce não tá bem, quase a beira do abismo e ainda vem um quer te empurrar logo de vez?! Sabe aquelas horas que voce se sente querendo alcançar uma mão p/ te segurar, mas essa mão não vem?! "A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.", Pois é uma hora, todo mundo pode se sentir assim, mas poucos tem coragem de falar ou de demonstrar, por vergonha ou por medo... a verdade é que só nas horas ruins sabemos quem são os verdadeiros amigos, o problema... é quando uma hora esses se dizem seus amigos, mas nem assim esses aparecem, entendem o que voce está sentindo...

Bring Me to Life...

Mais um dia se prossegue, ainda é de manhã, de principio estava nublado, mas aos poucos o Sol foi dando o ar de sua graça, para esquentar um pouco o dia, mesmo que uma chuvinha seja gostoso de se sentir, o Sol faz a temperatura ficar equilibrada, nem muito calor e nem muito frio, apenas um clima agradável.

Tinha acabado de vir da praia aonde estava me divertindo com meus familiares (ON), os Venture que é a familia que aprendi a amar do fundo do meu coração, uma familia que me adotou e me transformou no que sou hoje, uma vampira, mas não fez com que eu perdesse minha essência, continuo a mesma menina calma e doce, porém agora vampira.
Mesmo demonstrando felicidade, curtindo, vendo todos juntos, ainda há algo dentro de mim que não sei explicar, por isso resolvi me afastar e voltar a adentrar a casa, logo indo para o meu quarto, desenrolo a fita do Diário e volto a escrever para expressar o que estou sentindo, a agonia dentro de mim, que faz da minha imortalidade não ser totalmente feliz.


Olá meu querido amigo Diário,

Estou feliz por estar aqui escrevendo, feliz por fora, mas por dentro, a tristeza e a agonia e o desânimo toma conta do meu coração, por mais que eu não queira, não é algo que consigo evitar transparecer, pelo menos não por muito tempo, é como se não tivesse motivos suficientes para sorrir e não tenho, parece aqueles momentos em que você não parece mais aguentar e sente que vai explodir a qualquer momento, que você mais parece uma bomba relógio ambulante do que uma pessoa de carne e osso.

Pois é, é assim que estou, não queria admitir e nem expor isso, mas vou confessar meu amigo, me sinto fraquejar, sinto isso dentro de mim, me sinto frágil, cansada, mas não um cansaço físico e sim, um cansaço mental, um cansaço interior que não quer passar ou... será que é eu que não quero que passe? Bom, não sei, só sei que não está passando, eu quero ter motivos para de fato sorrir, mas não só sorrir por apenas abrir um sorriso "falso" para mostrar aos outros que está tudo bem, quero sorrir, mas sorri de felicidade, de coração, quero sentir essa felicidade dentro de mim, estou cansada de sorrir sem motivos, cansada, estou... cansando de tudo, é como naqueles momentos que você sente que vai cair, desmaiar num sono profundo, como uma Bela Adormecida ou qualquer outro personagem, que foi enfeitiçada por uma dessas bruxas malvadas, mas diferente da estória, nenhum príncipe ou alguém aparece para nos acordar quando você desmaia.

E de repente, você se vê caminhando por um local escuro, perdida, presa e sozinha, e quando enfim consigue avistar uma "luz no fim do túnel", você corre e alcança até chegar a essa luz, mas quando você chega na ponta, se depara com um precipicio onde há várias rochas pontiagudas no final, então você consigue se segurar nas paredes laterais a tempo para não cair, alguns pedregulhos ainda chegam a cair, mas você permanece ali parada, por sorte parou a tempo, só que você começa a olhar para todos os lados e vê que não há saída, se voltar ou ir adiante, fará alguma diferença? Continuar se sentindo mal e sozinha ou acabar com tudo de uma vez? Então quando você decide acabar com  tudo de uma vez, acabar com todas as chances, uma voz aparece e diz próximo ao seu ouvido, diz para você que não deve fazer isso, não deve se entregar tão fácil, que a luta ainda não acabou, que ainda há muitas batalhas a se enfrentar, mesmo que perca algumas, em outras terá êxito, que a vida é bela e deve curti-la, pois ainda há muito a ser vivido, que deve ser forte e que deve se armar da melhor possivel para enfrentar a "guerra", que mesmo que sinta seu corpo fraquejar, sinta medo, sua alma deve permanecer viva e sempre em alerta e enfim, quando você escuta a voz dizer tudo aquilo, você sai do transe, se afasta do abismo e ao olhar para trás, vê outra "luz" surgir, você corre para ela e quando chega, vê coisas maravilhosas, coisas que te fazem bem e que façam seu coração se acalmar mais.

E logo depois você acorda e começa a sentir a paz dentro de você, só que sempre haverá algo que vai querer te "derrubar", ao ponto de querer te empurrar para o precipicio, mas que você deve mostrar que não irá desistir jamais, pois enquanto houver um coração dentro de ti, batendo e pulsando sangue para todo seu corpo, você permanecerá de pé, firme e forte, lutando contra tudo e todos aqueles que lhe fizerem mal, que façam com que tire o seu belo sorriso do rosto, continuando com a sua integridade, curtindo a sua vida, enquanto houver um coração, irei sempre escutar a voz que me alertou, que me ajudou a enxergar o outro caminho, pois é assim que deve ser, sempre.


Eram uma e meia da tarde que soava no "tic tac" do relógio na parede, depois de escrever, levanto e vou até a varanda onde fico a olhar pela janela, agora a chuva começava a cair, fico olhando as goticulas caindo e se espalhando pela vidraça, mesmo estando aliviada por escrever o que estava sentindo, ainda me sentia estranha, como se faltasse alguma coisa, e por mais que eu pensasse o que pudesse ser, nada me ocorria, um suspiro sai de dentro de mim enquanto olhava pela janela mesmo na chuva, a minha famila estava lá se divertindo, ainda consegui abri um sorriso e observo a tarde cair, a chuva, o céu tão lindo e infinito que te faz viajar, imaginar as nuvens em vários formatos e te faz ver que tudo na vida tem sentido, tudo têm, nada é por acaso, e eu queria sentir de fato isso dentro de mim e não apenas pensar assim, pois ainda havia algo dentro de mim que por mais que visse isso, havia uma outra que estava adormecida, como a propria Bela Adormecida e que estava lá, quieta, esperando que algo a traga de volta para a vida.

 

Fellings

Estava a alguns centimentros de distância da minha escrivaninha, sentada na cama, a olho e penso em várias coisas no mesmo tempo, levanto e sento na cadeira e me pus a escrever no meu Diário de cor vermelha aveludada com uma fita de cetim branca que passava ao entorno do livro, precisava escrever, meu velho amigo de todas as horas me escutaria, escutaria os pensamentos que passavam por minha cabeça, sejam elas melancolicas ou não, mas qualquer um precisava de um momento de nostalgia, qualquer um até o mais sábio do seres, precisava escrever, refletir e se expressar e porque uma simples jovem como eu não poderia?


Abro o lanço que envolvia o Diário, pego minha caneta preta e inicio o que não sei se seria exatamente o que estava dentro de mim, mas ao menos uma parte sim, seria...




Olá querido amigo,


Bom, hoje irei fazer algo diferente e não simplesmente escrever sobre meu dia, não, ultimamente tenho adquirido o hábito de escrever, creio que como uma forma de um desabafo que vem de dentro do meu coração, coisas que ficam guardadas e tento escrever como forma de me expressar, o que não consigo falar, por mais que possa parecer simples para algumas pessoas, para mim, está cada vez mais se tornando dificil, assim como as vezes é dificil de até mesmo entender o que estou sentindo.


Enfim, de alguma forma tento falar pelo coraação, por mais que pelo coração, as coisas não possam sair tão coerentes, pois algumas e na maioria das vezes, o coração nos deixa cego, surdo e mudo para muita coisa, como se preferissemos não perceber o que acontece ao nosso redor, às vezes penso se realmente é preferivel ou melhor pensar com a mente ou com o coração, pode até ser estranho pensar nisso, como se pudessemos escolher ou controlar, como se cada um não fizesse parte do mesmo corpo, como se cada um pudesse pensar por si só, como se fossem de mundos completamente diferentes, enfim, não sei explicar, pois sinceramente muitas vezes é dificil ou até mesmo impossivel de decifrar o que cada um quer, acho que deve ser por isso que às vezes ficamos confusos, também com uma mistura de sentimentos aflorados, como não ficar confuso? por mais que digamos que não, mas no fundo ficamos pensativos sobre o que fazer, o que sentir, etc etc, então o que será que se passa na cabeça de pessoas que estão amando, que estão começando a amar e daqueles que não querem sentir esse sentimento que ao ver deles, só fazem as pessoas ficarem uns "bobos sentimentais" que vê na pessoa amada, a PERFEIÇÃO? Hum... Intrigante não?!


Então se pudessemos escolher, o que seria mais viável? SE pudessemos, entendeu? Porque realmente não acredito que há como escolher, são coisas que não podemos controlar felizmente ou infelizmente, de alguma forma todos estamos a mercê disso, não pode ser imediato, mas um dia acontece com todos, nem que seja por alguns instantes, mas acontece.


Quem disse que para amar, é preciso sofrer?! Concordo, pois sendo realista, é assim que muitas vezes acordamos para a realidade e ver que nem tudo é um "mar de rosas", é como se antes estivessemos dormindo e sonhando um sonho lindo e não conseguissemos acordar, um sono profundo que nos deixar imersos em imagens, paisagens, cores, pessoas, etc, mas que de alguma forma, quem estivesse acordado nos olhando, ficando preocupado por não acordarmos, a pessoa começa a tentar nos acordar das maneiras mais delicadas e possiveis de se acordar uma pessoa, mas não conseguindo, apela para um copo de água fria que faz agente acordar como se estivesse se afogando, mas você acaba achando uma mão para te puxar para a superficie e quando abrimos os olhos é que conseguimos ver que de um sonho lindo, estava se tornando um pesadelo e que a água fria em seu rosto, fez você acordar e se libertar daquele sono profundo, que você foi salvo por uma pessoa que estava ali ao seu lado, em todas as horas, TODAS, como um anjo que está te protegendo a todo momento que você precisa e na hora que você parece não conseguir respirar, o anjo está lá te trazendo de volta, te ajudando sem pedir nada, absolutamente NADA em troca, a única coisa que ele te pede, é que seja FELIZ, seja como for, mas que seja FELIZ, que aprenda com seus erros e continue seguindo adiante sem medos, pois ele está lá, está lá e estará sempre ao seu lado.


Jully


Termino de escrever, por hora, dou um suspiro e abro um sorriso breve, mas ainda sentia o coração querendo gritar bem alto qualquer coisa, não precisava ser algo especifico, nada especifico, só queria gritar, caso pudesse, caso tivesse voz, ele gritaria ou talvez não... na nostalgia do meu quarto, olho o relógio que fazia um ruído de "tic tac", eram uma hora da tarde, o céu estava nublado, o raios do sol ainda tentam aparecer, mas está bem fraco, está um frio agradável, mas passáros ainda cantam, vem cantar na minha janela, um passaro lindo, um sábia talvez, não sei muito bem diferenciar, mas consegui sorrir melhor agora, e espero que esse sorriso continue durante a tarde que se segue.